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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Maneira inusitada de imortalizar uma canção

Torná-la famosa na Era de Ouro da animação (1928 até início dos anos 60), porque aí ela será usada num curta, que será lembrado décadas depois e poderá ser visto na Internet.

I Only Have Eyes For You
06/03/1937


O homem (?) do caminhão de gelo está apaixonado pela mocinha, mas ela só quer saber do crooner… E se ele também fosse um?

música: homônima, de 1934



Solid Serenade
31/08/1946


Jerry quer acabar com a serenata de Tom para poder dormir. Se eu tivesse vizinho tocando Louis Jordan alto, em vez de Parangolé, não tentaria impedir.

música: Is You Is Or Is You Ain't My Baby?, de 1944



I Love to Singa
18/07/1936


Corujas, discriminação e jazz. Este é o desenho que motivou o post. Se o amigo leitor não tem paciência para os três filmetes, veja só este.

música: homônima, de 19361



P. S.: tomem outro texto interessante sobre animação, de um amigo do Guilherme Briggs — o que confere grande credibilidade.


  1. Deve ser de 36. Não consegui confirmar em lugar nenhum; por isso não tem link.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Lobão tem razão

1

Não bóia no mar, mas é de graça. Chega até vocês o 4º podcast do about:black! A pauta da vez é Lobão mandando a real em duas rádios que tocam lixo. Para acompanhar, temos  um importante jabá locutado pelo diplomado Thiago Madureira (que me ajudou na 1ª edição,  estão lembrados?).

0:00 introdução
0:14 Lobão na Transamérica e Jovem Pan
1:46 mensagem do patrocinador
3:19 momento de reflexão2 (fundo: Kalinka3, por Ivan Rebroff)



Para baixar, clique direito. Os erros (nunca foram tantos!) (sem censura, como sempre) estão bem aqui.


  1. Era o nome do quadro do final do Lobotomia, o programa de entrevistas do Lobão.
  2. Usei este vídeo.
  3. Letra em inglês e russo para os curiosos.

terça-feira, 29 de março de 2011

Mais um pouco de taxonomia

Fuçar as funcionalidades do Blogger me fez notar que lançaram um recurso legalzinho: o about. Até que enfim é possível descrever o blog numa página separada.

Com isso, achei melhor exterminar a descrição abaixo do retângulo, e tive a decência de explicar todas as categorias existentes.

O texto foi feito em cima daquele post que eu chamava de manual de instruções do blog. Ao contrário de uma postagem, será editado sempre que me der vontade, sem aviso, para ser eternamente um registro fiel da estrutura do a:b.

A barra do about está ali mesmo, abaixo do retângulo. Cliquem!

sábado, 5 de março de 2011

Sr. L Escuta IV: Natalia Lafourcade

Começo logo com uma foto encantadora, que é pra
ninguém resistir e ouvir pelo menos duas faixas da moça.

O canal Sony destroça legendas, enfiou a maravilhosa Married With Children nas 6 da matina e não exibiu a 2ª temporada de Who Wants To Be A Superhero?, mas uma coisa ele fez por mim: vários anos atrás, o fundo de uma vinheta era Suelo1, do álbum Casa. Aí eu baixei a música. E o álbum. E o álbum anterior.

E chegamos ao presente. Conheço 2 dos 4 álbuns de Natalia Lafourcade, e é deles que posso e vou falar. Os outros dois são Las 4 Estaciones Del Amor, com apenas quatro faixas, instrumentais e nomeadas conforme as estações do ano, e o mais recente, pitorescamente intitulado Hu Hu Hu.

Apesar do sobrenome francês, já deve ter dado pra notar que a moça é de língua espanhola. De fato, é mexicana. Pois é, outra gringa — só a Pitty foi nacional nesta série —, mas bem mais próxima de nós que a japonesa da 3ª edição.

O primeiro álbum, homônimo, tem uma pitada de dance em Mango [remix] e Noche divina2. Mírame, Mírate, a única ruim dela que conheço, é melosa o bastante para ter entrado em trilha de novela mexicana.

Natalia y la Forquetina, a banda que a cantora e compositora
formou para fazer o segundo álbum. Voltou a ser solo pouco depois.

O segundo CD é mais… er… tem mais cara de MPB. Calma, o termo é mais feliz do que parece. É que os arranjos são menos dançantes e me lembraram MPB. A versão em espanhol de O Pato (aquela meio infantil do João Gilberto3) também me ajuda a caracterizar assim. Fora isso, Casa apresenta um belo equilíbrio entre calmo e agitado. Nesse sentido, os extremos seriam respectivamente, Cuando todo cambia e Cuarto Encima.

Buscando as imagens para o post, percebi um detalhe muito sensacional: em certas fotografias, sob certas luzes, em certos ângulos, com certos penteados, ela é a cara da Lily Allen, hahaha.

Como não pode faltar, eis o meu top, no caso, 4:
  1. Con Las Hojas Las Hormigas
  2. Elefantes
  3. Mango [remix]
  4. Suelo

O outro item que eu não deixava faltar era o link do Last.fm, mas descobri que a Amazon tem amostras de todas as faixas. Portanto, ficam as listinhas4 de amostras desses álbuns pra vocês.


imagens:
http://music.remezcla.com/2010/latin/latin-summer-concert-preview-new-york-july-2010/
http://dedica.la/artist/Natalia+y+la+forquetina


  1. Na sua cara, Last.fm! O Grooveshark toca a faixa TODA.
  2. O refrão mais homossexual que já ouvi na vida. É como se a Natalia quisesse desbancar a Madonna como musa gay.
  3. Que não é dele, ficou famosa com ele. É de Jayme Silva e Neuza Teixeira, de acordo com esta matéria.
  4. Exceto que a lista do Natalia Lafourcade não tem uma faixa que a lista da Wikipedia tem, Amarte Duele.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Surto de politicamente correto: três é demais!

Eu deveriiiiiia lançar um podcast com o ilustre Tiago Wakabayashi. Contudo, o áudio estava insatisfatório1, então resolvi transformá-lo num texto, também com o auxílio do Waka. O assunto da 4ª edição seria o triplo ataque de correção política dos últimos meses. Sim, amiguinhos, houve três rompantes de moralismo recentemente.

O número 1 é a lei "anti-otaku"2 baixada em Tokyo. Ela visa a combater a exibição e produção de animês e mangás impróprios, mas o texto da lei é tão vago que qualquer coisa pode ser encaixada nas proibições. Mesmo valendo só na capital, o impacto disso é grande, pois Tokyo é o grande centro produtor de desenhos e quadrinhos do Japão. Felizmente, a impopularidade da medida não tardou a ser expressa. Uma grande empresa do ramo, a Shueisha, boicotou duas impotantíssimas feiras de animê. Ou seja, o moralismo tem potencial para ferrar até a economia local, quiçá nacional.

Número 2, éééééééé do Brasil! (Brasil-sil-sil-sil-sil!) É a lei "anti-videogames". (Pois é, tô percebendo um padrão também…) A idéia é bem similar ao nº 1. Proibição desvairada de videogames ofensivos, só que por ofensivos, entendam quase todos. O lado bom é que ainda é só um projeto de lei (pelo menos era no final de dezembro, época da matéria), por isso, poderá ser engavetado, como tantos outros, que às vezes nem são idiotas como esse.


O número 3 é hollywoodiano. A praga da cota "racial" (devia se chamar étnica) invadiu o filme do branquelo Thor. A mitologia nórdica é obviamente formada por dezenas de branquelos pálidos alvos albinos de pele clara com pouca melanina, mas resolveram enfiar um preto3 no elenco, e como deus nórdico. Uma bela ironia é que escandinavos inteligentes e racistas ignorantes (pleonasmo) se uniram em repúdio a essa estranha escolha de ator.

Que esta compilação de possíveis tragédias seja lida e espalhada. Que este grito em defesa da imoral e dos maus costumes seja ouvido.


imagem: http://jovemnerd.ig.com.br/wp-content/uploads/ads_thor7.jpg


  1. Sabe quando a pessoa fala dentro de um copo? Esse efeito irritante.
  2. Pois sim, sítio portuga, ô, pá. Maiores detalhes (ainda) em notícias relacionadas, no rodapé da matéria. Cuidado ao navegar por lá, não é nada para maiores de 18, mas também não é para toda a família.
  3. "Preto" é rude? Como twittou Hélio de la Peña, se preto é feio, branco também é. Vamos usar os termos caucasiano e negro então, ó que máximo!